Os reticulócitos são células precursoras das hemácias, onde apresentam núcleo e são chamados assim por possuírem RNA ribossômico, que se torna visível à microscopia quando corada com azul de cresil brilhante.
A contagem de reticulócitos é usada para determinar se a medula óssea está respondendo de modo adequado às necessidades do corpo de produção de hemácias e para esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de anemia. Costuma ser pedida junto com a contagem de hemácias, a hemoglobina e o hematócrito, sendo útil no diagnóstico diferencial de anemias e no acompanhamento do tratamento.
Os valores de referência são:
Contagem relativa: Adultos: 0,5 a 1,5 %;
Crianças: 1,0 a 2,5%;
Recém-nascidos: 3 a 7% (cordão umbilical)
Contagem absoluta: Adultos: 25.000 a 75.000/ mm3
Crianças: 25.000 a 100.000/mm³
Os valores aumentados ocorrem em estados hiper-regenerativos da medula óssea, como nas anemias hemorrágicas e hemolíticas, e especialmente como crise reticulocitária após a administração de ferro na anemia ferropriva ou depois da administração de vitamina B12 ou ácido fólico na anemia perniciosa e anemias sensíveis a estes medicamentos. Além dessas condições, os níveis de reticulócitos podem ser altos em: pessoas que vivem em altitudes elevadas, fumantes, gestantes e recém-nascidos.
Já os valores diminuídos ocorrem nas anemias não-regenerativas, como anemias aplásica, carenciais (ferropriva não-hemorrágica ou megaloblástica) não tratadas, secundárias a processos crônicos (inflamatórios ou neoplásicos) e diseritropoéticas.
Estudo realizado por:
Dra. Danielle de Sá Celso (CRBM 4432)